Já liderei inúmeras equipas, e isso sempre significou gerir conflitos dentro e fora do campo, com o pensamento de que estes iriam ser bons para a equipa.
Os grupos criam estratégias facilitadoras e geradoras de resultados. No dia-a-dia nem sempre as coisas são assim tão lineares. Quando por vezes alguém decide quebrá-las e mesmo assim tem resultados imediatos pode soar a criatividade. No futebol é comum dizer-se, “não era assim, mas também serve”. No imediato pode não ter grande impacto, e no futuro que implicações pode ter para o grupo? Resultará sempre?
Um dia, um colega meu decidiu bater um penalti mas não estava como primeira opção para o bater. Ignorou a estratégia da equipa previamente estabelecida! Ignorou o treinador! Ignorou o compromisso coletivo que tinha sido estabelecido! Eu, como capitão, não intervi! Ele falhou o penalti. Foi substituído (mesmo que o tivesse marcado iria ser substituído). O treinador for congruente para com a equipa.
Quem lidera dentro de campo tem que analisar e interpretar estes momentos. Depois de uma análise fria, percebo que errei enquanto líder, enquanto capitão de equipa. Já existiram outras situações em que intervi, com contextos e emoções diferentes deste. Podia indicar duas ou três razões para a minha decisão, mas o problema pode não ser intervir no momento certo, mas abrir um precedente destabilizador!
Por vezes, as pequenas coisas, os pequenos pormenores, tornam-se grandes pormenores e servem para comprometer equipas e jogadores.
E tu, já erraste e aprendeste com isso?