A ilusão provocada à volta do desporto espetáculo é tão grande que desnorteia tudo e todos que nela habitam. Muitos são os jovens que tudo fizeram para alcançar o sonho de lá chegar, mas na realidade são poucos os que conseguem. Ao longo da carreira como futebolista, para a maioria dos meus colegas o seu caminho está unicamente orientado para ser jogador profissional de futebol. No entanto, não conseguir poderá trazer consequências negativas para as suas vidas.
Tenho vindo a assistir casos de jogadores que chegam ao topo, ganham bom dinheiro, são ídolos dos adeptos mas muitos deles acabam falidos, em que tudo vale para dilapidar em poucos anos a fortuna assegurada sobre os relvados.
Este é um problema grave e acredito que também se verifica em Portugal.
Segundo a Professional Footballers’ Association – England, Wales, Northern Ireland and the Republic of Ireland – (The PFA, 2016) a carreira de um jogador profissional de futebol tem a duração em média de 8 anos e termina em média aos 35 anos de idade.
Em parceria com a plataforma digital zerozero apresentamos os primeiros dados do trabalho de pesquisa relativos à carreira do futebolista português.
A prática profissional do futebol pode e deve ser totalmente compatível e enquadrada com uma opção académica ou empresarial capaz de criar opções de futuro. Por isso, sempre tive uma preocupação com o meu futuro fomentando, como um dos meus grandes pilares de vida, a conciliação do futebol com uma adequada formação e uma vida empresarial. Estudei, analisei e identifiquei as falhas na forma como os profissionais do desporto de alta competição encaram e preparam o seu futuro. Com isto procuro despertar consciências, alertar e alterar mentalidades de uma geração de desportistas. O meu contributo é poder chegar aos desportistas, pais, treinadores, dirigentes, agentes de forma a poder ter a oportunidade de mostrar quão grande e preocupante é o problema. O projeto tem como objetivo a realização: